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Histórico do Artesanato Tefeense

  O artesanato do município provém das tradições indigenas. Os índios produziam todos os seus objetos de uso doméstico e de guerra. Faziam redes, maquiras, tupés, esteiras, tipitis, peneiras, remos, flechas, arcos, zarabatanas, cuias, e produziam tintas com que ornavam esses objetos.

  O colonizador deixou muito pouco do artesanato europeu. Segundo Lister Maw, as mulheres de Ega eram hábeis na confecção de redes, maquiras, cuias, potes, bilhas, alguidares e moringas.

As redes eram feitas com fio de algodão e as maquiras eram feitas parte de algodão e outra parte com palha.

As cuias eram pintadas com macucu e enfeitadas com desenhos coloridos de urucu ou outra tinta. Já os objetos de cerâmica, o barro usado para fazer a vasilha devia ser sem areia e misturado com o careipé. O careipé é uma espécie de cimento vegetal extraída da casca de certa árvore. Os desenhos e pintura das vasilhas de barro eram pintados com tauá, curi e tabatinga. O tauá é barro amarelo, o curi é um barro vermelho e roxo e a tabatinga é branca. Depois de pintados os objetos eram queimados.

  O padre Cristóvão D’ Acuña, quando de sua passagem por Tefé, afirmou que existia uma poderosa nação, os Curiciaris, que faziam belíssimas peças de cerâmica. Aqui em Tefé, nas recentes escavações se tem encontrado peças que apresentam uma aparência de grande beleza.

Dos europeus foi introduzido o costume de rendeiras que teciam com maestria belas peças de renda. Eram as rendeiras que teciam com almofada e bilro. A ultima artesã foi Dona Filó.

  Até 1940, os objetos domésticos eram todos de artesanato, como o alguidar, o pote, a bilha, a colher-de-pau e o batedor de ovos. Porém com o advento do plástico, se vulgarizou o uso de objetos que vieram substituir muitos dos feitos pelos artesãos.

Ainda se mantém a produção de objetos de fibra e talas, como o tipiti, a peneira, o paneiro e cestos.

  Em 1967, o MEB (MOVIMENTO DE EDUCAÇÃO DE BASE) percebendo que a tendência era desaparecer os objetos de artesanato, promoveu cursos para recuperar o que ainda existia. Foram procurados os grandes artesãos como o Armando Gonçalves, de Nogueira e Graça, do Turé e outros, que passaram a ministrar aulas como confeccionar tintas e materiais de artesanato. Promoveram exposições em todas as festas de Santa Teresa e nos festivais folclóricos, incentivando a recuperação de objetos que já tinham caído em desuso no meio do povo.

  O artesanato tefeense obteve com o passar dos anos uma fama muito grande pelas suas artes em entalhe em madeira e também em pinturas que retratam a história e originalidade do município, nestes últimos dois anos, tem ocorrido ações da prefeitura de Tefé através da SMTUR para que o artesão possa expor e comercializar seu produto na cidade, através de feiras e em eventos regionais, uma ação junto com SEBRAE ocorre atualmente na cidade para incluir o município de Tefé no Projeto Brasil Original, que visa adequar o artesanato com as tendências do mercado nacional e internacional, buscando assim a inclusão dos artesãos de Tefé em eventos onde o projeto participa. Isso possibilitará para o artesão tefeense novos valores para o seu artesanato, com isso ele irá melhorar sua renda através de seu trabalho artesanal que retrata a história e cultura de nosso município.

 

 

Editorial Publicitário da Secretaria Municipal

de Turismo, Comércio & Indústria.

Prefeitura de Tefé

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